Assim como grandes setores da economia, o trabalho informal também tem em São Paulo o seu grande pólo comercial. É na Rua 25 de Março, no centro da cidade, que fica o maior centro de comércio a céu aberto da América Latina. Lá inúmeros trabalhadores informais disputam espaço com as lojas comerciais vendendo produtos nacionais e importados. Esses produtos têm um preço menor, que atrai não só os clientes, mas também a fiscalização. Já são rotineiras as operações dos fiscais que apreendem as mercadorias dos camelôs no local. Mas é justo acabar com o trabalho de alguém que, muitas vezes, é um chefe de família? É no mínimo revoltante ver a nossa tão confiante justiça deixando assassinos fora da cadeira e ao mesmo tempo acabando com o trabalho de pessoas que não estão oferecendo risco a ninguém. Isso sem contar as ações irregulares, como, por exemplo, policiais ou fiscais abordando vendedores ambulantes e ficando com a mercadoria deles. Penso que o governo deve mudar seus valores, pois sabemos que se uma pessoa é impedida de trabalhar, ela, mesmo assim, precisa levar dinheiro pra casa para sustentar sua família. E, muitas vezes, fará isso de qualquer forma, inclusive se for necessário se envolver com o mundo do crime.
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